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RO: Unicórnios perdidos + Troca-troca + Haja bolsonarismo! + Uma tendência?


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Se evento raro e positivo é unicórnio e ocorrência agressiva é rinoceronte, o demônio de três chifres é uma combinação de crises. O superciclo das commodities e o bônus demográfico foram unicórnios que deveriam beneficiar as elites econômicas e o povo brasileiro, mas resultaram em concentração de renda e, no segundo caso, sem planejamento, em perda total.

O passivo do mau uso dos unicórnios foi o rinoceronte do atraso, cujas patas assolaram a economia e a política com instabilidade e polarização. Sob os estragos do rinoceronte sobreveio a deposição da presidente Dilma Rousseff, a pandemia e agora o demônio de três chifres representados pelo descuido ambiental, a crise hídrica e a crise energética. Falta chuva porque houve desmatamento desmedido e, assim, o demônio de três chifres vira hidra de quatro cabeças quando até a democracia, maior conquista da civilização, é posta sob graves ameaças.

Não resta outra saída a não ser exigir e apoiar providências para corrigir os problemas animalescos e demoníacos da combinação de crises. Ações ótimas, por exemplo, como o primeiro reflorestamento em Unidade de Conservação, ocorrido na Reserva Rio Preto Jacundá, e a iniciativa que vem da Bahia, pelo Senai Cimatec, de criar mecanismos para estimular o empreendedorismo biotecnológico na Amazônia. Não sendo unicórnios fantásticos, são experiências funcionais e resolutivas.

Troca-troca

Acusada de ter praticado alta traição aos seus antigos aliados, a ex-vereadora Cristiane Lopes, uma política em ascensão em Porto Velho desde a elevada votação a Câmara dos Deputados em 2018, seguindo em alta nas eleições municipais de 2020, mudou de malas e cuia para as asas do governador Marcos Rocha que já toca seu projeto de reeleição com afinco. Com o troca-troca partidário, Cristiane  deixou primeiramente o abrigo no PP de Ivo Cassol que a projetou e depois o refúgio do deputado federal Leo Moraes seu grande alicerce no pleito de 2020. Seria uma mercenária? Uma Dalila política? 

Novo caminho

É um exagero a pecha de traíra para Cristiane Lopes, pois ela apenas trocou de endereço. Com Ivo Cassol e Jaqueline ela seria usada como moeda de troca para alianças na capital e o mesmo aconteceria certamente com Leo Moraes, seu mais recente tutor político. Portanto, Cristiane apenas dispensou os intermediários, vendendo o “produto” (seu apoio político) diretamente ao produtor. É bolsonarista, como Ivo e Leo Moraes e não deixou o seu ninho ideológico, já que o governador Marcos Rocha é bolsonarista de raiz, desde os tempos de caserna com o “capetão”.

Haja bolsonarismo!

Por falar em bolsonarismo, haja bolsonarismo na sucessão estadual de Rondônia. A maioria dos pretendentes ao Palácio Rio Madeira se declarou pró-Jair Bolsonaro em vista da popularidade do presidente em Rondônia, um dos três estados mais bolsonaristas do país. Ivo Cassol, Marcos Rocha, Marcos Rogério e Leo Moraes se declaram bolsonaristas. Mas Bolsonaro transferir os votos são outros quinhentos, pois nas eleições municipais de 2020 o candidato do presidente, o deputado Eyder Brasil na capital ficou na rabeira e na maioria dos polos regionais do estado não foram eleitos prefeitos bolsonaristas, como em Vilhena e Ji-Paraná, Jaru, etc.

Dois candidatos

A poderosa coalizão PSDB/DEM/PSD abre a jornada 2022 com dois candidatos ao governo do estado de Rondônia e as duas alternativas só serão analisadas pouco antes das convenções estaduais do ano que vem. Portando, a aliança tem preferencialmente o senador Marcos Rogério (DEM) candidato ao governo com Ieda Chaves a vice ou o prefeito de Porto Velho Hildon Chaves (PSDB) a governo e o ex-prefeito de Ji-Paraná Jesualdo Pires (PSB) cogitado a vice. Em ambas alternativas (fortíssimas, diga-se de passagem), o candidato ao Senado é Expedito Junior (PSDB) que foi padrinho dos dois candidatos em pleitos anteriores.

Uma tendência?

No caso da aliança PSDB/DEM/PSD, aposto na coluna 2, desde já e vou explicar o motivo. Existe grande possibilidade do senador Marcos Rogério (DEM) assumir um Ministério, talvez o Ministério da Amazonia, a ser criado, desocupando a moita para Hildon Chaves (PSDB)e acomodando a situação em  Rondônia com Marcos Rocha. Ademais, o grande defensor de Bolsonaro no Congresso encantou-se com Brasília, onde frequenta diariamente as grandes redes de rádio e televisão e jornais de circulação nacional e se estabelecendo no governo de Rondônia sumiria do plano nacional. Então, minha aposta, é coluna 2, com Hildão na cabeça!

Via Direta

 O deputado estadual Eyder Brasil (PSL-Porto Velho) assumiu a causa da emancipação da Ponta do Abunã, com a criação do município de Extrema,  unindo os distritos de Nova Califórnia, Vista Alegre do Abunã e Fortaleza do Abunã. Ele lembrou que, sendo criado, o novo município cumpre todos os requisitos para a emancipação, pois até o plebiscito exigido pelo IBGE  já foi realizado em década passada . Eyder está mobilizando as forças vivas da região para fortalecer a bandeira da autonomia de Porto Velho, cuja sede fica distante quase 350 quilômetros do distrito . Trocando de saco para mala: a presença das facções criminosas nos grandes conjuntos habitacionais da capital rondoniense está provocando fuga de moradores . Muitas  famílias estão vendendo seus apartamentos a preço de banana para se mudar pela insegurança. 

Gentedeopiniao.com.br

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